segunda-feira, 6 de setembro de 2021

NOVA CONSTITUIÇÃO "A LIBERTADORA"

“A Libertadora”: deputado federal lança proposta de nova Constituição para o Brasil

 Anúncio foi feito em uma live nas redes sociais, onde os principais pontos da proposta foram abordados        

POR: Luiz Felipe Costa

Após três anos do anúncio oficial – antes disso, rumores já corriam as redes sociais -, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) apresentou sua proposta de nova Constituição em uma live, na noite desta quinta-feira (2/9/2021). Chamada de “A Libertadora”, teve seus objetivos, obstáculos e pontos gerais dissecados pelo deputado.

Na transmissão, o parlamentar disse que a atual Constituição Federal, de 1988, gera instabilidade política por permitir que o governo e seus atores burocráticos façam intervenções constantes e em demasia. “Você nunca sabe o que vem depois”, afirmou Luiz Philippe.

“Outro problema que temos na Constituição de 88: o sistema eleitoral gera uma falta de representatividade muito grande”, continuou o deputado. “Nós não sabemos em quem votamos e como é que ele vai reagir. Muitas vezes elegemos exatamente quem a gente quer, só que ele acaba não executando aquilo que foi prometido”.

Além desses obstáculos, citou também a instabilidade dos partidos, com “um sistema partidário extremamente cartelizado”. Ainda de acordo com Luiz Philippe, a Constituição atual permite que o Estado se torne um regime tirânico, seja por parte de eleitos ou até mesmo por pessoas não eleitas, como membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A dificuldade de se garantir a segurança nacional e a proteção à cidadania, bem como o compromisso com a liberdade e a prosperidade foram outros motivos que levaram uma nova Lei Suprema a ser redigida.

Na apresentação, o deputado informou que a nova Carta Magna foi desenvolvida para superar os problemas supracitados por meio das seguintes metas:

·         criar um sistema parlamentarista;

·         descentralizar o poder para os estados;

·         reduzir competências da União para somente o que a União pode fazer;

·         solidificar a soberania popular;

·         criar mais freios e contrapesos entre as instituições;

·         limitar poderes sobre o cidadão.

Poderes

A estrutura dos poderes da Constituição “A Libertadora” é uma novidade: possui 7 poderes previstos. “Não é que estamos criando poder”, explicou Luiz Philippe, “nós só estamos coordenando os poderes que já existem dentro de qualquer ecossistema político do mundo. Só que, às vezes, eles não estão bem definidos em Carta Constitucional”.

De acordo com a proposta, além dos três poderes tradicionais (Executivo, Legislativo e Judiciário), tem-se: o Chefe de Estado – necessário para o parlamentarismo; o Conselho de Estado, um limitado Conselho do Chefe de Estado; a soberania popular – que não pode ser tocada por ninguém, mas também não pode destruir o sistema todo; e o Federalismo, poder estrutural das federações do país.

Reformas

A possível nova Carta Magna brasileira mostra algumas reformas implícitas em certos setores, como no sistema eleitoral, no Judiciário, no Poder Executivo, na Segurança Nacional, no Banco Central – garantindo limites ao banco e liberdade de circulação de moedas, inclusive digitais -, além de reformas nas qualificações dos representantes e na separação tributária, dividindo mais claramente quem arrecada e quem gasta.

Torna, também, a Justiça do Trabalho, da Previdência e o assistencialismo competências dos Estados, não da União.

Segundo o deputado federal, há alguns desafios a serem enfrentados para uma revisão constitucional no Brasil, como o próprio fato de ser um dos primeiros países com uma nova síntese constitucional no século 21 a “eliminar o estado social do século 20 sem regredir ao século 19” – citou o Chile como exemplo de outra nação que pode fazer algo parecido, mas de “modo errado”, podendo enfrentar problemas como os do Brasil atual.

Outro desafio é o dilema de reforçar o estado e libertar o indivíduo ao mesmo tempo.

De acordo com o site oficial de “A Libertadora”, os coautores da Carta Constitucional, juntamente com Luiz Philippe de Orleans e Bragança, são: Joanisval Gonçalves, consultor Legislativo do Senado Federal; Mário Jorge, Juiz de Direito e professor universitário especialista em Direito Público; Wellington Martins, advogado, escritor e empresário; e Renata Tavares, mestre em Relações Internacionais, professora universitária e Assessora Legislativa.

sábado, 3 de outubro de 2020

IGREJA ORTODOXA RUSSA

TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE A IGREJA ORTODOXA RUSSA E NUNCA TEVE CORAGEM DE PERGUNTAR!

Pesquisado por: Roberto Avelar

Os turistas costumam se surpreender com as cúpulas douradas das igrejas russas e seus mistérios sombrios e aconchegantes. Mas alguns rituais e características desta Igreja ainda são um mistério para os estrangeiros.

 

1. Como a religião cristã é dividida em Ortodoxa e outras?


O Patriarca Kirill de Moscou e Toda a Rússia (esq.) 
e seu equivalente na Igreja Católica, o Papa Francisco (dir.) 
em uma reunião em Havana, em 2016.

O Cristianismo foi dividido em Oriental e Ocidental em 1054, quando ocorreu o Grande Cisma. Este evento foi o ápice de diferenças teológicas e políticas entre o Oriente e o Ocidente cristãos por séculos.

A partir de então, a Igreja Católica Romana passou a ter seu centro em Roma e o Papa como líder. A Igreja Ortodoxa tem seu centro espiritual em Istambul (antes, chamada de Constantinopla). O Patriarca Ecumênico da Igreja de Constantinopla é considerado “o primeiro entre iguais” no cristianismo ortodoxo. A Igrejas Ortodoxa e a Católica estão em paz.

 

2. Quais as principais diferenças entre os rituais católicos e os ortodoxos?


Tonsura de cinco novos monges do mosteiro Serafim-Sarov, 
na aldeia de Novomakarovo, no distrito de Gribanovski, 
na região de Vorônej. 
A tonsura ocorre uma vez por ano, durante a Quaresma.

Existem muitas diferenças entre os rituais católicos e ortodoxos. O mais evidente é o sinal da cruz, realizado no catolicismo da esquerda para a direita, e na direção inversa na ortodoxia. Também existem diferenças consideráveis ​​no rito do batismo, nas celebrações de Natal e de Páscoa e no fato de que católicos e ortodoxos seguem calendários diversos.

 

3. Por que os ícones ortodoxos são tão diferentes?


Ícone dos Santos de Murom, século 17.

Na Ortodoxia, os ícones são recebidos como “janelas para o mundo de Deus” e devem ser reverenciados e respeitados como tal. É por isso que os pintores de ícones ortodoxos não tentam simbolizar Deus, a Virgem Maria, Jesus Cristo ou os santos em proporções “reais” - os ícones ortodoxos não representam, eles simbolizam.

 

4. Qual é o significado das formas, cores e números 

nas cúpulas das igrejas ortodoxas?


Cúpulas da Catedral da Anunciação no Kremlin de Moscou.

FORMAS

Existem três formas de cúpulas nas igrejas ortodoxas: a redonda (meia esfera), simbolizando o reino eterno de Deus; a semelhante a um capacete, simbolizando a prontidão para lutar por Deus; e a que se parece com uma vela acesa, simbolizando a oração e a vida eterna no reino de Deus.

As cúpulas em forma de vela (ou em forma de cebola) também são bastante adequadas às condições meteorológicas russas - esse tipo de cúpula não precisa de limpeza no inverno, pois a neve não se acumula nelas. É por isso também que as cúpulas deste formato são as mais comuns.

 

CORES

Cúpulas douradas significam que o templo é dedicado a Jesus Cristo ou às Grandes Festas (da Igreja Ortodoxa). Cúpulas azuis significam que o templo é dedicado à Mãe de Deus. Cúpulas verdes significam o Espírito Santo, e geralmente coroam os templos dedicados à Santíssima Trindade ou aos santos.

As cúpulas prateadas também significam um templo consagrado em nome de um santo ortodoxo. As cúpulas são geralmente pretas quando o templo pertence a um mosteiro - o preto simboliza a obediência monástica. O tipo mais raro são as cúpulas de várias cores em uma igreja - como a famosa Catedral de São Basílio, na Praça Vermelha, em Moscou. Ela simboliza a Nova Jerusalém, o alegre reino de Deus.


Catedral de São Basílio, em Moscou.

NÚMERO

Pode haver entre 1 e 33 cúpulas em uma igreja ortodoxa. Mas você não encontrará uma única igreja com 4 ou 6 cúpulas. Uma cúpula simboliza Deus. Duas significam a unidade dos seres humanos e o divino na imagem de Jesus Cristo. Três significam a Santíssima Trindade. Cinco são os quatro evangelistas e Jesus; enquanto sete cúpulas simbolizam os Sete Sacramentos; nove significam as nove fileiras de anjos; 13 são Jesus e seus apóstolos; e 33, o número de anos que Jesus passou no reino mortal.

 

5. Por que as mulheres cobrem suas cabeças dentro da igreja ortodoxa?


Russa acende vela durante culto em igreja de Moscou.

Em muitas tradições e profissões de fé religiosas, é obrigatório usar roupas discretas ao ir ao templo – já que, uma vez dentro do templo, nada deve distraí-lo de pensamentos piedosos. É justamente essa a razão pela qual as mulheres cobrem a cabeça ao entrar em uma igreja ortodoxa.

Antigamente, na Rússia, o cabelo era considerado uma parte muito sensual do corpo e, por isso, a mulher casada devia cobri-lo sempre.

 

6. Por que os ortodoxas ficam de pé na igreja?


O padre ortodoxo russo Aleksander (esq.) 
fala com o motociclista em Igreja em Kémerovo, 2010.

Não existe uma regra estrita que exija que as pessoas fiquem de pé durante a missa na igreja ortodoxa. Em alguns templos, há bancos para idosos, doentes e deficientes. Mesmo assim, os ortodoxos ficam a maior parte do culto de pé – e, às vezes, ele pode ser terrivelmente longo, durando entre duas e quatro horas. Já nas igrejas ortodoxas gregas, há bancos e cadeiras para todos, assim como nas igrejas católicas.

Isso acontece exclusivamente por tradição, e existem diversas explicações. Primeiro, a Ortodoxia Russa coloca grande ênfase no feito espiritual que todo seguidor deve realizar. Ao rezar na igreja, o ortodoxo não deve descansar pois está no processo de adorar a Deus.

Além disso, os primeiros templos ortodoxos russos eram muito pequenos (principalmente porque era extremamente aquecê-los no inverno) e simplesmente não havia espaço para bancos ou cadeiras.

 

7. Quem são os principais santos ortodoxos?


FOTO: Domíno Público

Os santos ortodoxos são pessoas que vivera vidas justas, cheios de profunda preocupação pelos outros. Uma pessoa justa já morta que ajudou a divulgar a Ortodoxia, serviu fielmente a Deus e realizou milagres ou se tornou um mártir em nome da fé cristã pode ser elevada à posição de santo pela Igreja Ortodoxa Russa.

O povo ortodoxo venera João Batista e São Nicolau, assim como os católicos, mas a Igreja Ortodoxa Russa também tem seus próprios santos: entre os mais adorados estão Sérgio de Radonej e Vassíli, O Abençoado, entre outros.

FONTE: Igreja Ortodoxa na Rússia


terça-feira, 11 de agosto de 2020

OS BOOKTUBERS

Roberto Avelar, o editor

Um dia desses, navegando no Youtube me deparei com algo interessante que, é cláro, não deve ser mais nenhuma novidade para muitos leitores do nosso Web-Jornal Gazzetta Cultural; mas que para mim foi uma grata descoberta e novidade, amei!!! Me refiro aos booktubers, que são pessoas que fazem resenhas de livros em vídeos e postam no Youtube, não como meros críticos, muitas das vezes “malas”, chatos, e sim com um olhar de leitores, por vezes apaixonados por literatura e/ou livros.

Esse tipo de iniciativa deve ser hiper-mega incentivado, tendo em vista tratar-se de críticos honestos e sinceros, por isso o Gazzetta Cultural decidiu abrir espaço para falar desses seres iluminados, Os Booktubers! 

Sejam bem vindos ao nosso simplório Web-Jornal.


Booktubers fazem sucesso ao comentar livros em vídeos no youtube; alguns já conseguem até ganhar dinheiro com isso. Repórter: Victor Bonini

domingo, 9 de agosto de 2020

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME

INTOLERÂNCIA: 

POR QUE O RITUAL DE RASPAR CABEÇA NO CANDOMBLÉ VIRA CASO DE POLÍCIA E A CIRCUNCISÃO RELIGIOSA NÃO?

                                                                ADAPTAÇÃO: Roberto Avelar. jornalista

Uma mãe de Araçatuba, no interior de São Paulo, perdeu a guarda da filha de 12 anos.

Tudo porque a garota passou por um ritual de iniciação no candomblé em que sua cabeça foi raspada.

A ação foi movida pelo Conselho Tutelar da cidade, que recebeu denúncias de supostos “maus-tratos e abuso sexual”. Uma das denúncias foi da avó evangélica da menina.

A adolescente tentou explica que não houve qualquer abuso e sua mão explicou que, durante a cerimônia, ela não poderia deixar o local.


Mesmo assim, foram levadas à delegacia e liberadas depois de a jovem passar por exame de corpo de delito no IML, que não registrou nenhum tipo de hematoma ou lesão. Ela, apenas, estava se tornando filha de Iemanjá, segundo a crença da religião de matriz africana.

Parentes estão perseguindo as duas (mãe e filha). Lavraram boletim de ocorrência, provocaram conselheiros tutelares e policiais — tanto fizeram que a avó ganhou a guarda.

É preconceito religioso escancarado, movido por gente fanática e com a anuência das autoridades; “essa gente teima em achar que Deus é exclusividade de uma única religião, apenas, como se Deus fosse tão pequeno e limitado a ponto de se agradar e/ou pertencer a uma única confissão de fé”, diz o teólogo Dom Germano Roberto, bispo do 'Santuário Ortodoxo Bizantino Santíssima Mãe de Deus' em Inoã, Maricá, RJ, Brasil.

Como se trata de uma religião de matriz africana e identificada com negros e pobres, não há escândalo.

O ponto é: ou se respeitam todos os rituais, ou não se respeita nenhum. O candomblé não é clandestino.

No ano passado, um debate tomou conta do Reino Unido em torno da legalidade da circuncisão masculina por motivos religiosos e culturais. É uma cirurgia dolorosa e geralmente permanente em uma criança que não consente com aquilo. No caso dos judeus, tem de ser no oitavo dia. É clinicamente desnecessário e arriscado. Desastres são comuns. Dois bebês morreram na Itália depois que seus órgãos genitais foram amputados. Em São Paulo, operações para corrigir barbeiragens de intervenções realizadas em casa em condições precárias são comuns — mas o assunto é abafado.

Nunca se ouviu falar de pais que perdem seus filhos por causa disso. Não viram caso de polícia porque são rituais de brancos.

FONTE: www.diariodocentrodomundo.com.br/IntoleranciaReligiosa


sábado, 1 de junho de 2019

VIZINHA ROQUEIRA DA VILA MIMOSA...

Organizadores da feira contam que pretendem transformar a área em um polo cultural

Naíse Domingues*

Conhecida pela proximidade com a Vila Mimosa, a Rua Ceará, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, recebe neste sábado o Mercadinho Ceará Street, uma feira cultural especialmente para os amantes do rock. Esta será a sexta e maior edição do evento, que surgiu em 2016 com o nome de Mercadinho Mimosa. Ao todo quatro bares da região irão participar da feira que terá shows, exposições de arte, desfile de moda e produtores artesanais.

O local que divide a fama com a vizinha Vila Mimosa, conhecido local de prostituição do Rio, passou a ser ponto de encontro para amantes do rock ‘n roll na cidade quando se tornou endereço do primeiro motoclube do Brasi, na década de 1980. Agora, chamada Ceará Street, a feira é definida pelos organizadores como uma ocupação cultural voltada para o público rock e alternativo.   Duck Walk Pub 1 casa lotada. Foto Divulgação: Roberto Avelar ^^^

Quando começou sob o formato de evento de moda, ocupava apenas o bar Porto Pirata, que também participa desta edição. Ana Tinan, uma das organizadoras, conta que a ideia de expandir o evento para a rua foi inspirada pelo histórico do local como endereço de oficinas de moto e bares. Com a expansão, esta edição será a maior já realizada. É esperado que 2 mil pessoas circulem pela feira durante as dez horas de evento, estimando uma arrecadação superior a R$ 10 mil.

<<<Mapa mostra o trecho da Rua Ceará que será ocupado pela Mercadinho Ceará Street
Foto: Divulgação

– Acredito que a entrada do Grão Pissurno foi fundamental para o evento! Amadurecemos e chegamos no formato que queríamos desde o início – comemora Ana.

Apesar de estar participando da organização da feira pela primeira vez, Grão tem uma história de mais de 25 anos com a rua. Frequentador assíduo do Garage Art Cult, casa de espetáculos conhecida como o reduto do underground brasileiro nas décadas de 1980 e 1990, ele conta que o evento pode ser o primeiro passo para que o local volte a ter a mesma força de antigamente para o cenário alternativo carioca, inclusive como impulsionador de novas bandas.

– A Rua Ceará é muito interessante porque não para, mas o movimento caiu 80%. Por isso precisamos criar um polo porque se encaixa perfeitamente ali. No evento, as pessoas terão uma ideia de como era antigamente. A Rua Ceará ainda é o espaço mãe desse movimento alternativo – analisa o produtor musical que também trabalha como DJ nos bares da rua.

Veterano entre os bares participantes e local onde o evento nasceu, o bar Porto Pirata existe há 6 anos na esquina da Rua Ceará com a Lopes de Sousa. Inspirado nos bares e clubes de Berlim, a promessa da casa são as tradicionais empanadas argentinas e um cardápio surpresa para quem visitar a feira.

Fachada do bar Ponto Pirata, primeiro bar a participar do Mercadinho Ceará Street
Foto: Divulgação / Jota Zeferino
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– Estamos animados pro evento! Com todos os bares participando, a gente fortalece a região, que sempre foi conhecida por ser o berço do rock aqui no Rio, e a festa fica maior e mais democrática – comenta Carol Nobre, sócia do bar.

Suzana Bolk, proprietária do Duck Walk Pub que funciona há 8 anos no endereço, adianta que a cozinha do bar preparou um cardápio diferenciado exclusivamente para dia do evento. O local que habitualmente serve hambúrguer artesanal readaptou o menu para que o público pudesse comer em movimento e conhecer melhor todas as atrações oferecidas e já reforçou o estoque de cerveja artesanal e sanduíches para atender a todos.

– É um cardápio melhor para se comer em movimento porque é um público diferente das pessoas que sentam aqui para assistir a shows – comenta a proprietária que também espera um público novato na feira – Muita gente que tem uma ideia errada do local por causa da proximidade com a vila mimosa, mas também esperamos um público que não conhece a rua ainda. Que seja o primeiro evento de muitos para unir a rua e trazer de volta o público que sempre frequentou – completa.



quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SECOS & MOLHADOS

- DISCOGRAFIA NO LINK - 
Secos & Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 1970 cuja formação clássica consistia de João Ricardo (vocais, violão e harmônica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão). João havia criado o nome da banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos seguintes e prosseguir igualmente sozinho com o álbum Memória Velha (2000).

No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquiagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João Ricardo, com um rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenômenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.

Seu álbum de estréia, Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700 mil cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram essa formação se desintegrar em 1974, ano do Secos e Molhados II, embora João Ricardo tenha prosseguido com a marca em Secos & Molhados III (1978), Secos e Molhados IV (1980), A Volta do Gato Preto (1988), Teatro? (1999) e Memória Velha (2000), enquanto Gérson continuou a tocar sozinho. Do grupo, Ney Matogrosso é o mais bem-sucedido em sua carreira solo, e continua ativo desde Água do Céu Pássaro (1975).

Os Secos & Molhados estão inscritos em uma categoria privilegiada entre as bandas e músicos que levaram o Brasil da bossa nova à Tropicália e então para o rock brasileiro, um estilo que só floresceu expressivamente nos anos 80. Seus dois álbuns de estréia incorporaram elementos novos à MPB, que vai desde a poesia e o glam rock ao rock progressivo, servindo como fundamental referência para uma geração de bandas underground que não aceitavam a MPB como expressão. O grupo continua a ganhar atenção das novas gerações: em 2007, a Rolling Stone Brasil posicionou o primeiro LP em quinto lugar na sua lista dos 100 maiores discos da música brasileira e em 2008 a Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Iberoamericano o colocou na 97ª posição.

História
PRIMEIROS ANOS
A formação inicial do grupo era composta por: João Ricardo (violão de doze cordas e gaita), Fred (bongô) e Antônio Carlos, ou Pitoco, como é mais conhecido. O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bixiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luhli, com quem João Ricardo compôs alguns dos maiores sucessos do grupo ("O Vira" e "Fala").

Fred e Pitoco, em julho de 1971, resolvem seguir carreira solo e João Ricardo sai à procura de um vocalista. Por indicação de Heloísa Orosco Borges da Fonseca (Luhli), conhece Ney Matogrosso, que muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Depois de alguns meses, Gerson Conrad, vizinho de João Ricardo, é incorporado ao grupo. O Secos & Molhados começa a ensaiar e depois de um ano se apresenta no teatro do Meio, do Ruth Escobar, que virou um misto de bar-restaurante chamado "Casa de Badalação e Tédio".

FORMAÇÃO CLÁSSICA (1973-1974)
No dia 23 de maio de 1973, o grupo entra no estúdio "Prova" para gravar – em sessões de seis horas ao dia, por quinze dias, em quatro canais – seu primeiro disco, que vendeu mais de 300 mil cópias em apenas dois meses, atingindo um milhão de cópias em pouco tempo.

Os Secos & Molhados se tornaram um dos maiores fenômenos da música popular brasileira, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. O disco era formado por treze canções que ao ver da crítica, parecem atuais até os dias de hoje. As canções mais executadas foram "Sangue Latino", "O Vira", e "Rosa de Hiroshima". O disco também destaca inúmeras críticas a ditadura militar que estava implantada no Brasil, em canções como o blues alternativo "Primavera nos Dentes" e o rock progressivo "Assim Assado" – esta de forma mais explícita em versos que personificam uma disputa entre socialismo e capitalismo. Até mesmo a capa do disco foi eleita pela Folha de São Paulo como a melhor de todos os tempos de discos brasileiros.

O sucesso do grupo atraiu a atenção da mídia, que convidou-os para várias participações na televisão. As mais relevantes foram os especiais do programa Fantástico, da Rede Globo. Sempre apareciam com maquiagens inusitadas, roupas diferentes sendo uma das primeiras e poucas bandas brasileiras a aderirem ao glam rock.

Em fevereiro de 1974, fizeram um concerto no Maracanãzinho que bateu todos os índices de público jamais visto no Brasil - enquanto o estádio comportava 30 mil pessoas, outras 90 mil ficaram do lado de fora. Também em 1974 o grupo sai em turnê internacional, que segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira internacional sólida.

Em agosto do mesmo ano, é lançado o segundo disco de estúdio da banda, que tinha em destaque "Flores Astrais", único hit do disco. O lançamento do disco foi pouco antes do fim da formação clássica da banda, que ocorreu por brigas internas entre os membros. Talvez por este motivo o segundo álbum – que veio sem título, e com uma capa preta – não tenha feito tanto sucesso comercial como o primeiro.

PERÍODO DE INATIVIDADE (1974-1977)
Após o fim do grupo Secos & Molhados, os três membros seguiram em carreira solo. Ney Matogrosso lançou no ano seguinte, em 1975, seu primeiro disco solo com o nome de "Água do Céu-Pássaro" (recheado de experimentalismos musicais) e com o sucesso "América do Sul". João Ricardo lançou também em 1975 seu disco homônimo, mais conhecido por Disco Rosa/Pink Record. Gerson Conrad juntou-se a Zezé Motta e lançou um disco também em 1975.

João Ricardo adquiriu os direitos autorais sob o nome Secos & Molhados, após algumas brigas na justiça, e saiu a procura de novos músicos para que a banda tivesse novas formações.

OUTRAS FORMAÇÕES
A primeira formação após o fim do grupo em 1974 surgiu em maio de 1978, João Ricardo lançaou o terceiro disco dos Secos & Molhados com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão. O terceiro disco foi lançado, e mais um sucesso do grupo – o que seria o último de reconhecimento nacional, e único fora da formação original – "Que Fim Levaram Todas as Flores?", uma das canções mais executada no Brasil naquele ano, o que trouxe o novo grupo de João Ricardo às apresentações televisivas.

No mês de Agosto de 1980, junto com os irmãos Lempé – César e Roberto – o Secos e Molhados lançaram o quarto disco, que não teve sucesso comercial. A quinta formação do grupo nasceu no dia 30 de junho de 1987, com o enigmático Totô Braxil, em um concerto no Palace, em São Paulo. Em maio de 1988 saiu o álbum "A Volta do Gato Preto", que foi o último da década.

Simplesmente sozinho, em 1999, João Ricardo lançou "Teatro?" mostrando definitivamente a marca do criador dos Secos e Molhados.

De acordo com o site oficial da banda, João retomou os trabalhos do grupo em junho de 2011 com a entrada de um novo integrante, Daniel Iasbeck. A dupla lançou em novembro do mesmo ano o álbum autobiográfico intitulado "Chato-boy". Em 2012 iniciaram nova turnê.

ORIGEM DO NOME
O nome foi criado por João Ricardo, quando, nas proximidades de Ubatuba, em um dia chuvoso, viu uma placa de armazém balançando anunciando o tema "Secos e Molhados". Isto lhe chamou a atenção, e antes mesmo do surgimento da banda, surgiu a ideia do nome e alguns outros conceitos que a consistiriam foram se formando. Eles passaram uma grande temporada em Crixás.

REFERÊNCIAS CULTURAIS
A canção "O Vira" é passada para frente de geração à geração, e até hoje, trinta anos depois do fim da formação original do grupo, é executada em rádios e programas de televisão.

Em 2003 foi lançado o disco "Assim Assado: Tributo aos Secos & Molhados", que contavam com versões das músicas do disco de 1973 na voz de outros artistas. Entre eles, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Pitty, Tony Garrido, Ritchie e outros. (Texto: Wikipédia) 


terça-feira, 19 de setembro de 2017

PESIDENTE TEMER NA MIRA DA JUSTIÇA


Por: Roberto Avelar
O Supremo Tribunal Federal (STF) não vai barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, como quer a defesa. Amanhã (quarta-feira) os ministros devem autorizar o envio do documento para a Câmara dos Deputados, como prevê a Constituição. Se dois terços dos deputados concordarem, na votação, o caso retorna à Corte para julgamento. De acordo com a avaliação feita pela maioria dos ministros, nessa primeira fase, o Supremo tem o dever de encaminhar, automaticamente, o caso à Câmara, sem fazer juízo de valor sobre a denúncia ou as provas nas quais o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se baseou. Pelo menos não neste momento.
O relator do processo, ministro Edson Fachin, preferiu levar a questão de ordem apresentada pela defesa para o plenário do Supremo, em vez de decidir sozinho. Em junho, quando pela primeira vez, Temer foi denunciado, por corrupção passiva, Edson Fachin encaminhou o caso para a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que enviou para o Congresso Nacional. Tudo aconteceu em poucos dias.
Agora, a segunda denúncia chegou ao STF na quinta-feira, mas Fachin preferiu que o plenário primeiro julgasse o pedido da defesa, essa foi uma estratégia para não dar margem a qualquer pedido de nulidade futura. E, também, por cortesia aos colegas.
O futuro das provas da JBS
Percebe-se que o governo já se movimenta na tentativa de barrar, na Câmara, a segunda denúncia apresentada contra Temer, por obstrução da justiça e participação em organização criminosa. A primeira denúncia, foi por corrupção passiva, sendo apresentada por Janot ao STF em junho. Por maioria, os deputados decidiram enterrar o caso. O inquérito continua aberto no tribunal, mas as investigações só poderão ser retomadas depois que ele deixar o cargo.
Caso a Câmara venha autorizar as investigações, a denúncia será devolvida ao STF — que, somente então, vai analisar o mérito das provas apresentadas por Janot contra o presidente Temer.
Uma avaliação de ao menos dois ministros e de juízes auxiliares da Corte é crítica. Ouvidos pelo Jornal O GLOBO, eles consideram que a peça é confusa e se mistura, em uma mesma “salada”, a suposta organização “criminosa” do PMDB da Câmara com a atuação dos executivos da JBS — que, na avaliação deles, deveriam ser separadas em duas investigações diferentes.
Na avaliação de um ministro, foi apressada a forma como o procurador-geral agiu nas últimas denúncias que enviou ao STF, já ao fim do mandato, com o intuito de limpar sua gaveta e não deixar os principais casos com pendências para sua sucessora, Raquel Dodge, que tomou posse ontem. Na PGR, Dodge e Janot pertencem a grupos diferentes.
Segundo alguns dos Ministros do tribunal, Janot deveria ter esperado primeiro a conclusão das investigações sobre os áudios para depois denunciar Temer. Na visão de integrantes da Corte, tomar essa atitude sem que os áudios estivessem devidamente esclarecidos deixou a situação mais confusa. Mas, se Janot esperasse a conclusão das investigações o então procurador-geral não teria tempo para apresentar a denúncia.
Afirmativas foram feitos nos bastidores, por alguns ministros que as provas poderiam ser usadas nas investigações — no entanto, com o acordo de delação rescindido, as provas já não teriam mais tanta força. Há também a possibilidade de pedido de vista no julgamento de amanhã. O que para Fachim não é problema caso isso aconteça, já que ele não depende necessariamente da decisão do plenário para enviar a denúncia para a Câmara.
A nós resta esperar o que vai acontecer...


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

VITÓRIA DA TOLERÂNCIA EM SP




Prezado leitor do JORNAL GAZZETTA CULTURAL,

Nesta semana houve uma vitória simbólica muito importante na Change.org — e achamos que você vai ficar feliz em saber alguns detalhes de bastidores.
Em 2011, a escola infantil EMEI Guia Lopes, na zona norte de São Paulo, foi vítima de ataques racistas. O muro foi pichado: "Vamos cuidar do futuro das nossas crianças brancas". Mais direto impossível. A partir de então, a diretora Cibele Racy abraçou a luta contra o preconceito e direcionou o projeto pedagógico da escola para os direitos humanos e a tolerância.
Pichação
A principal inspiração do trabalho de Cibele e do corpo docente da escola foi a atuação do líder sul-africano Nelson Mandela (Madiba). Em 2015, surgiu uma ideia: por que não re-batizar a escola? Decidiram fazer um abaixo-assinado na Change.org, pedindo para a Prefeitura de São Paulo mudar o nome da escola, para EMEI Nelson Mandela.
Veja a petição
Cibele se empenhou na divulgação e a petição logo ganhou apoios e cresceu. Quase 20 mil pessoas assinaram e a história ganhou relevância: foi destacado em diversos veículos, EstadãoG1ÉpocaUOLJovem Pan. Mais do que pressão, a diretora Cibele sentiu que devia chamar mais atenção. Durante um evento, foi até a Prefeitura e entregou o abaixo-assinado direto nas mãos do prefeito Fernando Haddad, do então secretário Eduardo Suplicy e do presidente da Câmara dos Vereadores, João Donato.
Haddad recebe Cibele
Deu certo. A proposta do abaixo-assinado virou projeto de lei, foi a plenário e, na semana passada, saiu no Diário Oficial: a EMEI Guia Lopes mudou oficialmente de nome para EMEI Nelson Mandela. A escola está em festa!
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Veja o poder de um abaixo-assinado! Mais do que se orgulhar, pergunte-se: que mudança concreta você poderia pedir para combater o racismo?
Pense e faça um abaixo-assinado. Você já viu que funciona. :)
Obrigado por se importar,